Depois de 100 dias com precipitações insignificantes, enfim, chegou a chuva. Nas últimas 48 horas, choveu em torno de 30 milímetros. Ainda é pouco, mas se olharmos os dados históricos, veremos que essa chuva representa praticamente a metade de toda a chuva que ocorreu nos últimos 3 meses. Para título de comparação, a média histórica para esse mesmo período é de mais de 350 milímetros de chuva.
Acompanhávamos a agonia dos agricultores que viam suas plantações não se desenvolverem pela falta da chuva, principalmente aqueles que plantam fumo e milho. Mas também, os produtores de leite estavam com sérias dificuldades em suas pastagens. Já os produtores de arroz, não puderam nem mesmo colocar suas sementes no solo. Agora, com essa abençoada chuva a cor verde começará a se intensificar em nossa região.
Quando ocorre períodos críticos de falta de chuva, que denominamos de estiagem, os prejuízos são irreversíveis. Assim, lamentavelmente, muitos agricultores terão, ou já tiveram seus rendimentos reduzidos.
A lição que fica é a de que esporadicamente estiagens acontecem e o conhecimento técnico, apoio do governo e disposição de investimento por parte dos agricultores, podem reduzir ou até mesmo eliminar esse problema.
Os profissionais agronomia estão preparados para elaborarem projetos de irrigação, o governo tem linhas de apoio para pagamento dos juros do financiamento e resta então o agricultor tomar a decisão de contrair um novo empréstimo para resolver essa situação e estar preparado para a próxima estiagens.
Fonte da imagem: Epagri/Ciram
Por Reginaldo Ghelere
