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Mãe: uma mulher comum

É bom esclarecer: nossa mãe é comum, ainda que capaz de coisas extraordinárias.
Na verdade, a nossa dificuldade, como filhos, em ver ela desse jeito, dentro da realidade como ela é, nos conduz a problemas e dificuldades de relacionamento e na vida.

O que isso significa?

Que ela também foi uma filha com suas carências, ou uma mulher de coração partido. Significa que ela também foi uma jovem com seus sonhos, e talvez também frustrações. Significa que a vida que passa e passou por ela também trouxe desafios que ela talvez não soube lidar bem.

Como uma mulher bem comum, ela pode ter passado por situações que foram muito fortes, e onde ela se viu sem saída. No seu senso de sobrevivência, algo teve que se reposicionar para que ela pudesse ir adiante.
Esse ir adiante, ainda que de forma não perfeita – ou melhor, não da forma idealizada por nós, filhos – é que permitiu que ela construísse uma vida, da forma como foi.

  

E foi essa vida que alimentou a nossa vinda. Também da forma como foi.
Falar sobre a mãe lembra também que tem que se falar dos filhos. São papéis interdependentes, onde um não existe sem o outro. E nesse ponto, os filhos, através de seu amor e conexão profunda com a mãe, caem na armadilha da idealização.

Isso é prejudicial, pois ao identificar a mãe com o olhar idealizado, também passa a exigir dela um comportamento que é impossível de ser alcançado.

      

O relacionamento com a mãe é algo que gera reflexos em muitas áreas da vida. Um estremecimento na relação com a mãe traz dificuldades no desenvolvimento e no caminhar de uma pessoa.

Veja se é possível olhar para sua mãe como uma mulher bem comum, que se deparou com coisas na vida em que ela tenha se percebido também com dificuldades para resolver.
Uma mulher comum, que também caminhou na vida como a gente, sem manual de instrução. Acertou e errou, em um método de aprendizado comum a todos.

Veja se a exigência que ainda existe em você é algo que você possa soltar. Veja também se esta exigência está servindo à você, no seu medo de tomar responsabilidade pela sua vida.
“Enquanto eu culpo minha mãe, pouco me resta fazer a não ser esperar. E exigir. E também assim escapo da minha responsabilidade com a minha vida.”

Que tipo de relacionamento nos espera, ao vermos nossa mãe como uma mulher comum? O maior reflexo da mudança deste olhar é encontrar novamente o caminho para nossa mãe, e retomar o fluxo da nutrição para nossa vida.
Saímos do imaginário e lidando com o real, encontramos nossa mãe e a nós mesmos.
Descobrimos onde está o nosso porto seguro e todo o mar disponível para navegar.

  

Com uma base forte, nos sentimos seguros para tomar nosso próprio caminho, conquistando nossas alegrias e aceitando nossas dores. Tudo aquilo que nos pertence entra em nosso caminho.
Caminhamos, gratos, por ter a mãe e o pai que temos. E tudo que faz parte se torna força em nossos movimentos diante da vida.



Por Eliz Casagrande

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