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Política

Campanha começa a tomar forma

Pleito eleitoral deste ano, em Santa Catarina, ainda está longe de pegar fogo, mas já dá para sentir qual será o perfil dos principais candidatos ao governo. Jorginho Mello (PL), por exemplo, não perde a oportunidade de criticar o governador Carlos Moisés da Silva (Rep) e o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União). Décio Lima (PT) não perde a oportunidade de vender a imagem do ex-presidente Lula da Silva (PT). Por ora, parece mais preocupado em eleger Lula, do que a ele próprio. Esperidião Amin (PP) não perde a oportunidade de fugir de confusão. Nos debates até agora realizados, assim como no contato com a imprensa, faz questão de sair pela tangente, de modo a não confrontar, perfil que também se observa em Jorge Boeira (PDT). Carlos Moisés e Gean, por suas vezes, estão focados em vender as imagens de suas gestões. Por enquanto parecem ter esquecido das propostas de campanha. Querem demonstrar força enquanto gestores. Odair Tramontin (Novo) parece vocacionado a querer ser o Sérgio Moro catarinense. O discurso e a postura tecnocrata, no entanto, pode o distanciar das massas.

O tom da campanha, mesmo, deverá ser dado a partir da divulgação das primeiras pesquisas de intenção de votos, que começarão a ser divulgadas a partir da segunda quinzena deste mês. De cara, as principais vítimas serão aqueles que estiverem liderando a corrida sucessória. Esta prática é comum em todo pleito eleitoral, e não será diferente neste ano, até porque não tem sentido bater em quem está atrás. Neste ano, todavia, os candidatos precisarão de muita astúcia, pois a maioria deles tem reais chances de chegar ao segundo turno. Se restarem muitas inimizades na primeira etapa da eleição, por certo os acertos para a segunda etapa serão bastante dificultados. Jorginho Mello, por exemplo, não está fazendo questão de pegar leve com Carlos Moisés e com Gean Loureiro, o que pode uni-los no segundo turno, caso não sejam adversários diretos na sequência do pleito. Trata-se de uma eleição complexa esta, pois tão importante quanto escolher os aliados, é saber escolher os inimigos.

Bia Vargas é aceita pela cúpula do PSB como vice de Décio

Cúpula do PSB decidiu referendar o nome da empresária Bia Vargas como candidata do partido a vice-governadora, na chapa encabeçada por Décio Lima (PT). O grupo que comanda a legenda em Santa Catarina queria que a vaga de vice fosse ocupada pela vereadora de Chapecó, Marcilei Vignatti, ou pelo ex-prefeito de Joinville, Rodrigo Bornholdt. O PT, no entanto, preferia Bia. Depois de quase uma semana de impasse, finalmente ontem o PSB acabou chegando a um consenso em torno de Bia Vargas, que em 2020 concorreu à vice-prefeitura de Içara. De acordo com o coordenador regional do PT, o ex-presidente da Câmara Municipal de Araranguá, Ozair Banha da Silva, a opção pelo nome de Bia Vargas irá ajudar Décio a maximizar sua presença enquanto candidato no Sul do Estado. “Ter uma representante da região Sul na majoritária da Frente Democrática vai nos motivar ainda mais na eleição deste ano”, comentou.

Governador tem apoio teórico de 180 prefeitos

Governador Carlos Moisés da Silva (Rep), teoricamente, tem a simpatia de 180, dos 295 prefeitos do Estado no pleito eleitoral deste ano. Pelo menos esta é a quantidade de chefes de executivos municipais que fazem parte de um grupo privado, via rede social, que manifestam apoio ao projeto de reeleição do governador. Nesta semana, 130 deles, além de 50 vices, estiveram reunidos com Carlos Moisés em Florianópolis, reiterando que estão fechados com ele. A absoluta maioria dos prefeitos são filiados ao MDB, ao PSDB e ao Progressistas, o que inclui, no caso desta última legenda, o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli. Em princípio, as alianças firmadas por Carlos Moisés deverão colocá-lo com certa facilidade no segundo turno da eleição estadual. O grande problema, no entanto, é que no primeiro turno, será ele contra todos. Já no segundo turno, poderão ser todos contra ele.

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