• Quarta-feira, 29 de Outubro de 2025
  1. Home
  2. Geral
  3. Suicídio: precisamos falar sobre isso!

Geral

Suicídio: precisamos falar sobre isso!

A cada ano são registradas mais de 800 mil mortes por suicídio no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A cada três segundos alguém atenta contra a própria vida. No Brasil, anualmente, mais de 11 mil casos são registrados. Por isso, é preciso falar sobre o tema. Suicídio é uma questão de saúde pública.

“Qualquer um de nós, a qualquer momento, pode passar por uma sensação de desconforto ou de desequilíbrio. E, neste momento, precisamos de ajuda. Independentemente de cor, sexo, idade, religião, de nada. Nós precisamos de ajuda e muitas vezes essa ajuda é um ombro para chorar ou um ouvido para ouvir”, destaca Paulo Borges, coordenador regional do Centro de Valorização à Vida (CVV).

Na mídia

Falar sobre suicídio é importante. A mídia pode e deve abordar o tema, mas com responsabilidade. Para orientar os profissionais de imprensa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou um manual sobre como divulgar e abordar estes casos. A maneira como os meios de comunicação tratam casos públicos de suicídio pode influenciar a ocorrência de outros suicídios, por isso, é importante focar na prevenção.

“Para falar sobre pessoas que romperam com a vida, não se menciona o nome da vítima, dos familiares e nem o modo pelo qual o fato ocorreu. Isso instiga as pessoas a praticarem o ato”, conta Borges. Ele explica que é importante que a mídia não enalteça o suicida. “É necessário que se fale, mas que junto disso se informe os meios pelos quais se consegue ajuda, como o CVV e os CAPS”, afirma.

Borges cita, por exemplo, a Rede de Proteção a Vida, que surgiu a partir de uma ação entre o CVV, o Núcleo de prevenção às violências e promoção da saúde (Nuprevips) e o Instituto Médico Legal (IML). “Constatando o grandes números de suicídio e de tentativas, fomos atrás disso e lançamos esta rede”, explica.

Como identificar sinais?

É importante que fiquemos atentos aos sinais deixados por pessoas que pensam em tirar a própria vida. Os mais comuns são: mudança brusca de comportamento, deixar de frequentar locais que costumeiramente frequentava, negar sair ou frequentar rodas de amigos, se desfazer de bens materiais, ficar introspectivo e ficar muito tempo parado olhando para uma única direção.

“Cuidado! Estes são sinais de alguém que pode sofrer, mas não consegue verbalizar. Observe isso. Pessoas inquietas, ou muito introspectivas, ou pensativas, todos são sinais. Pessoas que estão deixando de cuidar da higiene pessoal, também podem estar sofrendo”, diz Paulo.

O CVV

O Centro de Valorização à Vida (CVV) é uma Organização Não-Governamental (ONG) que atual no Brasil há 57 anos. Já em Criciúma e Região atua há 15 anos. O trabalho é baseado em dois pilares: sigilo e anonimato.

“Anonimato da pessoa que nos liga e sigilo da conversa. Os voluntários são treinados para ouvir e conversar com as pessoas sem fazer perguntas, dar conselhos ou receitas. Sem dizer se está certo ou errado. Sem achar culpados ou inocentes. Nós ouvimos com coração e compaixão. Proporcionamos uma conversa compreensiva e carinhosa e, acima de tudo, acolhemos bem aqueles que estão em conflitos”, conta.

O trabalho é voluntário e acontece 24h por dia, 365 dias no ano. O telefone é o 188 e é gratuito para todo o Brasil, seja de telefone convencional, orelhão ou telefone celular.

Foto: Criado por jcomp - freepik.com

Em Criciúma, campanha combate abuso sexual de crianças e adolescentes Próximo

Em Criciúma, campanha combate abuso sexual de crianças e adolescentes

Mais de 3 mil peças de roupas para a população carente Anterior

Mais de 3 mil peças de roupas para a população carente

Inscreva-se em nossa Newsletter

Fique por dentro das nossas novidades.