Esta expressão do "...conceda-me um a parte" é comum nos acaloradas debates da política. Pois a coluna aqui no recém egresso das grandes expectativas portal UAAAU pede um a parte para falar das coisas do nosso dia a dia. Bora lá!!!
Bastidores
Como ocupo outros espaços em outros veículos e o UAAAU se propõem a ser igual, nem melhor, no mínimo diferente, pinçarei para esta coluna notas que revelem algumas cenas da coxia, isto é: do que está por trás do que vemos.
Velha X Nova política
Alguém acredita que exista duas formas de fazer política? Eu acredito, mas não que uma seja velha e a outra nova. Foi este o recado que o novo presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Júlio Garcia deu no dia da sua eleição e posse – 1º de fevereiro. E disse isso já na primeira frase do discurso. O que as pessoas não sabem é que a frase alterou, na última hora, o discurso que havia sido escrito dias antes (Ops).
Porquê
...É que na véspera da posse, por infelicidade, ingenuidade diplomática ou até intenção de “incendiar o caldeirão”, o governador Carlos Moises da Silva escreveu na sua página de facebook que Júlio Garcia era da velha política? Cutucou a onça com vara curta. Na solenidade de posse não era só Garcia que estava indignado.
E o Ops! Porquê?
Ora, o ops da nota anterior é que o deputado Júlio Garcia já estava com o discurso pronto havia dias. Contava ele com a vitória? Claro, jogou certo em todos os momentos, até quando decidiu viajar para o exterior e aqui se discutia quem seria o presidente da Assembleia. Com esse parlamento de inexperientes e de desgastados ele nadou de braçada. Sabia que iria ganhar. Poderia ter alguma dúvida se faria o 40 a 0. E fez.
“Eta poderzão”
Para simplificar o entendimento desta badalada posse de Júlio Garcia na presidência da Assembleia Legislativa é só dizer que pelo poder que lhe é atribuído, ao dirigir o parlamento catarinense com a o aval de 40 deputados, conhecedor do trecho e das leis ante um governo inexperiente motivado apenas pela esperança de que “as coisas vão melhorar”, ele pode ter mais poder de influência do que o próprio governador na vida de fato do Estrado.
Faz errado?
Claro que essa idolatria toda ao presidente da Assembleia pode não ser tudo isso, mas é que a Constituição Estadual não permite o sonho de um governador de ter na mão a varinha mágica da transformação das coisas. A varinha tem dois polos: um está na mão do governador, o outro na Assembleia Legislativa.
Fala Zé
Ao olhar à articulação política do extremo sul do Estado me preocupa o isolamento. Por desgaste os eleitores desejaram o Mota fora, e conseguiram. Por não sei exatamente o que, o deputado Jorge Boeira pediu para sair da política. Em termos de representação sobre o José Milton Scheffer. Se o povo não berrar o Estado vai acabar ali entre Maracajá e Criciúma. Já andaram dando umas tesouradas demais no Sul. Reaja Vale!
Decoro e decote parlamentar
Falta de decoro parlamentar dá cassação de parlamentar, sobra de decote não. O Regimento Interno das casas legislativas impõe aos homens terno e gravata, isto é, a camisa fechada até o último botão (quase enforcado). Não só por isso, mas porque os olhos estavam atentos a tudo, o decote da deputada Paulinha da Silva (PDT) (ex-prefeita de Bombinhas chamou atenção de todos.
Texto: João Paulo Messer