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Política

Votos sim, mandato não!

Num exercício imaginário, mas fundamentado em números - não na legislação em vigor - se as eleições contabilizassem apenas o voto individual, a composição da Câmara de Araranguá ficaria bastante diferente para o próximo mandato. Vejamos o exemplo de Murialdo Rosa, do Republicanos, que fez um bonito papel, somando 638 sufrágios, chegou a suplência, mas não conquistou uma cadeira na Casa Legislativa. Na quantidade de sufrágios, ele foi o oitavo candidato mais votado na disputa pelas quinze vagas para a Casa do Povo.

O problema é que, sua sigla não teve um bom desempenho no pleito. Além dos 638 votos de Murialdo, o Republicanos contou com mais quatro candidatos: Márcio Honório (176 sufrágios), Júlio Japa (71), Sônia Rodrigues (44) e Bruno Eugênio (10 votos). Ou seja, os demais candidatos totalizaram 301 votos, menos de 50% da quantidade contabilizada por Murialdo Rosa.

Ranking dos 10

O “ranking” dos dez candidatos a vereador bem votados no pleito de 2020, que não conquistaram mandatos para a Câmara de Araranguá, ficando - em consequência disso - como suplentes, expõe alguns decréscimos de popularidade e também a revela novos nomes, que surpreenderam, demonstrando potencial para futuros desafios.

Com repercussão diferenciada para cada situação, essa relação inclui “pesos pesados” como Paulo Roldão (PP), com 618 votos; Jacinto Dassoler (PP), que tentava seu sétimo mandato consecutivo e acumulou 558 sufrágios, além de João Abílio Pereira (PDT), que totalizou 511 votos e aspirava exercer seu terceiro mandato.

Outro candidato, não está incluído nesse ranking, mas cuja votação frustrou expectativas é Ronaldinho Soares (PDT), que somou 354 votos. Ele, que almejava exercer seu terceiro mandato consecutivo, teve reduzido drasticamente seus números, já que nas eleições de 2016 contabilizou 875 sufrágios.

A “lista dos 10” também é integrada por Jair Bala Ferraz, do PSC, 522 votos; Luiz Carlos Pessi (PP), 507 sufrágios; Junior Bailão, do  PRTB, 504 sufrágios; Engenheiro Fernando Serrano (PL), 501; Professora Patrícia Farias, do PP, com 478; e Lyrion Matheus (Podemos), 461 votos.

Deste último grupo, Jair Bala, Junior Bailão, Fernando Serrano, Professora Patrícia Farias e Lyrion são novos nomes no cenário político, pois concorreram pela primeira vez.

Da câmara para a prefeitura?

Crítico veemente da atual Administração Municipal, o vereador Adão Vieira dos Santos, popular Vidrinho (PSD), tem nome cotado para integrar a futura equipe do Governo de Araranguá.

Em abril deste ano, durante a chamada “janela partidária”, Vidrinho trocou o PL pelo PSD. Optou por essa caminho, principalmente porque, acreditou no projeto apresentado pelo colega de Câmara, Tano Costa, que propôs um projeto macro, possibilitando chegar até o Executivo, visando ampliar as ações na política pública em nível municipal.

A primeira parte desse plano deu certo, com Tano Costa elegendo-se vice-prefeito, só que, a segunda etapa do planejamento frustrou expectativas, pois Vidrinho não conquistou sua reeleição. Ele somou 372 votos, ficando na segunda suplência pessedista. Nos próximos dias, no entanto, esse enredo pode apresentar novos capítulos, com Vidrinho dos Santos recebendo convite para integrar a equipe do novo Governo Municipal, antes mesmo de concluir seu mandato legislativo.

Você prefeito!

Entre as propostas dos futuros gestores municipais de Araranguá, Cesar Cesa (MDB) e Tano Costa (PSD), consta a implantação do programa “Você Prefeito”, que consiste num canal entre Governo Municipal e comunidade, por meio do qual os cidadãos poderão realizar solicitações de projetos, que posteriormente serão avaliados quanto à implantação.

Outra ideia da dupla, que foi propagada durante a campanha eleitoral, é a criação do Conselho de Gestão Pública, cujos integrantes seriam indicados pela sociedade organizada e entidades de classe, a fim de validar a prestação de contas do Município a cada trimestre.

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