Culturas se formaram, guerras foram travadas e milhões de vidas transformadas, em nome desse ser, que transformou a humanidade: Jesus. Um ser extraordinário, que não cabe na história, é a própria história. Pois sua chegada dividiu a humanidade em antes e depois do seu nascimento. Trouxe a realidade do amor, em uma época onde imperava a violência, a intolerância e o ódio. Valorizou as mulheres, que eram desprezadas e não possuíam valor algum. Dedicou a sua energia aqueles que a sociedade excluía. Rompeu com um sistema corrompido, adoecido e sem sentido. Pagou com a vida, o preço pela sua autenticidade.
Passados dois mil anos, sua mensagem continua a ecoar intensamente e profundamente na alma do mundo. Embora, muitos teimem em distorcer sua mensagem e satisfazer seus próprios interesses, a proposta de Jesus é coletiva, colaborativa e integrativa. Quanto mais a humanidade evolui, mais capacidade terá de entender e compreender a sua mensagem.
Expandindo o olhar para além das fronteiras religiosas, a personalidade de Jesus é algo incomparável. Esse homem, que teve uma vida de privações, nasceu e viveu na pobreza material, e nem por isso se colocou no lugar de vítima. Pelo contrário, ensinou a humanidade que tais dificuldades não nos impedem de agir, crescer, ajudar e amar. Sua grandiosidade, expressada através da sua simplicidade. Ele, conhecedor das leis mais profundas que regem o universo, ensinava de forma simples. Como grande psicólogo que era, abordava as pessoas através de técnicas psicológicas, que apenas hoje estamos começando a compreender. Adentrava as profundezas da psique, através de simples histórias. Narrativas no qual seu público se identificava e se conectava. Suas palavras possuíam um magnetismo que transformava vidas, pois vinham acompanhadas de verdade e de amor. Ele, de uma profunda compaixão pela criatura humana, jamais se omitia diante da dor alheia, acolhia a quem quer que fosse, sem julgamentos ou críticas. Focava na beleza da alma, no aspecto divino que todos nós carregamos. Sua presença, inspirava a tal ponto, que muitos abandonavam tudo para segui-lo.
Jesus, a psicologia perfeita. A integração do masculino e do feminino na mais perfeita ordem e harmonia. Viveu a sua verdade e como consequência foi para o sacrifício: a cruz. A cruz como esse símbolo que nos remete ao processo de individuação: ser quem somos. E para que isso aconteça, é preciso carregar a nossa própria cruz, as nossas próprias sombras. Ninguém poderá carregar por nós. Jesus a carregou sozinho, nos mostrando o caminho. Abandonado pelos amigos, traído, humilhado, condenado. Resignado, morreu de cabeça erguida, para ensinar a humanidade a enfrentar a escuridão da vida e nossa própria escuridão, com confiança e fé.
A proposta psicológica/pedagógica de Jesus, deveria ser ensinada nas universidades, tamanha é a profundidade de seus ensinamentos. Sua teoria se encaixa nas mais diversas áreas. Como não escreveu nenhum livro, tais conhecimentos são pouco valorizados no meio científico.
No entanto, é através da experiência de vida e morte de Jesus, que podemos e devemos aprender e evoluir. Não numa imitação superficial dos seus ensinamentos, mas numa conexão profunda, buscando desenvolver internamente as virtudes exemplificadas por Jesus. Despertando em nós, o Cristo interior. Vivamos o amor, como ele ensinou: “Ama teu próximo como a ti mesmo”. Iniciando pelo auto-amor e consequentemente, o amor à humanidade.
“Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos.” Augusto Cury
Psicólogo Juliano G. Cechinel
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