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Baderna e descaso com a barra do Rio Araranguá revoltam moradores

Problema que persiste há dois anos afeta a pesca, flora e fauna local.

Após dois anos de denúncias a abusos na barra do Rio Araranguá, moradores do local seguem vivenciando o problema, que vem se repetindo e, talvez, até piorando. O local continua enchendo aos finais de semana com milhares de baderneiros que se aglomeram e realizam festas clandestinas, gerando danos ambientais, além de prejudicar a pesca artesanal.

Conforme o representante da OSCIP Preserv “Ação”, professor Jairo Cesa, a foz do Rio Araranguá, próxima ao Morro dos Conventos, é considerada uma das paisagens naturais mais importantes do extremo sul catarinense. Atualmente naquela comunidade existem, em média, 40 pescadores artesanais e 150 pessoas que vivem diretamente da pesca. As ações recentes, que vêm afetando o eco sistema da região, estão tornando o local impróprio para a atividade pesqueira, fazendo com que os moradores sofram diariamente com a perda gradual do seu principal sustento, que são os peixes.

Em 2017, durante reuniões do Projeto Orla, foi criado um decreto com demandas a serem seguidas na região de Morro dos Conventos para proteger e preservar a fauna e a flora local. Uma das propostas inseridas no decreto seria fortalecer a atividade pesqueira, pois, a cada ano – a pesca naquela comunidade vem perdendo espaço, e atrair novamente os botos para a região. Mas, as reuniões foram cessando e as ações não foram postas em prática.

Tráfego de veículos na faixa de areia

O que está acontecendo atualmente são invasões clandestinas na barra do Rio Araranguá que ferem as leis de circulação na praia, como o tráfego de veículos nas faixas de areia ou sobre as dunas (caracterizado crime ambiental). Além de reclamações por parte dos habitantes, os pescadores também têm tido problemas. Descumprindo as regras de navegação, os turistas transitam com suas motos aquáticas nas extremidades do rio, rasgando as redes de pesca. Um pescador local alegou ter perdido duas redes somente nos últimos meses.

Por ser uma área de mata auxiliar, a fauna e a flora que cercam o rio também sofrem com as folias. Ali existem espécies endêmicas, que são únicas naquele ponto. “Com o barulho ensurdecedor que há ali, esses ruídos vão acabar comprometendo toda a biótica, todo o ecossistema”, comenta Jairo.

“Nunca fomos contra nenhum projeto do turismo. Não somos contra as pessoas irem lá, é um local público. Só o modo como as coisas vêm acontecendo. Isso não é turismo. Isso não é correto. Isso é algo que vai fragilizando o ecossistema que está ali há milhões de anos. Daqui a algum tempo já não se pode mais fazer nada, porque a área vai estar totalmente degradada, não conseguiremos recuperar mais!”, acrescenta o professor.

Estacionamento feito para evitar fluxo de carros

Segundo o diretor superintendente da FAMA (Fundação Ambiental do Município de Araranguá), Maureci Rodrigues, no início de 2021 foi feito um estacionamento para evitar o fluxo de carros, “as pessoas não respeitaram e invadiram, também foi colocado tubos de concreto para cercar o local, não permitindo a passagem de carros, e eles quebraram”.

O Departamento de Trânsito da Prefeitura, a Polícia Militar, a Polícia Militar Ambiental e a FAMA – que são os órgãos responsáveis por tomar alguma medida, juntos estudam a melhor forma de conter a baderna, “mas não é fácil”, declara o superintendente. “Quanto a resolver as reclamações da parte dos moradores de Ilhas, deveria ter uma estrutura maior, é algo que demanda investimento e tempo, mas está sendo providenciado pelo governo”, conclui o presidente da FAMA.

Fonte: tnsul

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