O Extremo Sul Catarinense parece finalmente ter sido alcançado pelo tal futuro, que há tanto ensejamos. Especialmente os municípios litorâneos de nossa região têm crescido de forma avassaladora, com suas populações quase dobrando nos últimos anos.
Há três fatores que contribuíram decisivamente para isto. O primeiro, por óbvio, está ligado ao crescimento econômico do Brasil, que fez com que a população tivesse mais dinheiro para investimentos.
No sentido alegórico, se antes o cidadão casava e ia morar em um galpão de estufa, hoje ele já tem condições de construir sua própria casa, ainda que financiada.
O segundo fator que contribuiu muito para que nossa região crescesse em população, e também em renda per capita, diz respeito a imigração de milhares de aposentados para nossas praias, em busca de maior qualidade de vida e de segurança.
Este contingente cresceu ainda mais depois da pandemia de Covid-19, que fez com que milhares de pessoas passassem a repudiar aglomerações urbanas, em grandes regiões metropolitanas, especialmente de Porto Alegre e de Caxias do Sul.
Por fim, bem mais recentemente, outras centenas de famílias deixaram suas antigas propriedades, destruídas pelas enchentes de maio passado, no Rio Grande do Sul, emigrando para nossa região.
É claro que nem tudo são flores, e nem, tampouco, dinheiro novo e fácil.
E é justamente por isto que as prefeituras, não só dos municípios balneários, mas de todo o Extremo Sul Catarinense, precisam, urgentemente, passar a planejar seus passos, especialmente no setor de infraestrutura urbana, cujos pilares são a água potável, a coleta e o tratamento de esgoto, o recolhimento e o destino correto do lixo, e a pavimentação de vias públicas.
Sem encarar de frente estas demandas, nosso futuro, que tem tudo para ser colossal e alvissareiro, pode se transformar em um Inferno de Dante.
Finais
Deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) se lançou como pré-candidato ao Governo do Estado, no que diz respeito às eleições de 2026.
O parlamentar, que cumpre seu quarto mandado consecutivo na Assembleia Legislativa, diz que quer ser uma alternativa a polarização política estabelecida no Estado.
Além de Marcos Vieira, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), também já está trabalhando para construir sua candidatura ao governo catarinense, a exemplo do governador Jorginho Mello (PL), que é candidato natural à reeleição.
O PT, por óbvio, é outra legenda que terá candidato ao Governo do Estado em 2026.
Por ora, a dúvida fica centrada no Novo, que tanto pode ter candidato a governador, como já o teve em 2022, através de Odair Tramontin, como também pode compor com outra legenda. Vale lembrar que o partido vem sendo bastante assediado para ser vice de João Rodrigues.
O sonho de João Rodrigues, aliás, é ter o prefeito reeleito de Joinville, Adriano Silva (Novo), como seu candidato a vice, e ainda Esperidião Amin (PP) e Clésio Salvaro (PSD), disputando o Senado, por sua aliança política.
Uma candidatura do PSDB ao Governo do Estado pode colocar em lados opostos três prefeitos e seus respectivos vices, em nossa região. Em Balneário Gaivota, o prefeito reeleito Kekinha dos Santos (PSDB), trabalharia de forma natural para Marcos Vieira, que foi seu candidato a deputado estadual em 2022.
Na via inversa, seu vice reeleito, Jonatã Coelho (PL), irá trabalhar pelo projeto de reeleição do governador Jorginho Mello.
Em Santa Rosa do Sul, o prefeito reeleito Almides da Rosa, que também é filiado ao PSDB, trabalharia do mesmo modo para Marcos Vieira, ao passo que seu vice reeleito, Pedro D’ávila da Cunha (MDB), irá se engajar ao projeto de seu partido. Por enquanto, o MDB ou terá candidato próprio ao governo, ou indicará o vice de Jorginho Mello.
Em Morro Grande, outra situação parecida. O prefeito reeleito Clélio Daniel Olivo, o Kéio (PP), seguirá seu partido, que deverá ser aliado do PSD de João Rodrigues.
Já sua vice, a atual vereadora Tati Scarpati Fenali (PSDB), trabalharia pela candidatura de Marcos Vieira.