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Política

Moisés convida Ponticelli para coordenar sua campanha no Sul

Durante incursão pelo Sul do Estado, ontem, governador Carlos Moisés da Silva (Rep.) convidou o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), para coordenar sua campanha na mesorregião. Convite para lá de inusitado, já que o senador Esperidião Amin, também filiado ao Progressistas de Ponticelli, é pré-candidato ao Governo do Estado, e nutre reais possibilidades de levar seu projeto adiante. Muita gente do MDB torceu o nariz para o convite, afinal de contas, caso Ponticelli de fato aceite ser o coordenador da campanha de Carlos Moisés, ele ditaria ordens para deputados estaduais, prefeitos, vices e vereadores do MDB sulista. Esta situação que envolve Carlos Moisés, o MDB e o PP, aliás, é para lá de estranha, levando-se em conta o histórico de rivalidade entre emedebistas e progressistas. Ontem, o deputado estadual José Milton Scheffer (PP), por exemplo, manifestou seu desejo “de que Santa Catarina continue no caminho certo”. Basicamente, ele torce pela reeleição de Moisés, com o MDB de vice, paralelo a uma pré-candidatura de Amin ao governo! Em relação a Ponticelli, por ora ele não deu resposta alguma ao governador. Nem que sim, nem que não.

Moisés parece não ter digerido Antídio, ainda

Governador Carlos Moisés da Silva (Rep.) esteve ontem em Içara, onde realizou atos administrativos de sua gestão. Ao ser interpelado no município sobre a decisão do MDB de manifestar apoio ao seu projeto de reeleição, Carlos Moisés ressaltou a importância do encaminhamento dado pelo partido, mas em nenhum momento se referiu ao ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB), em princípio, indicado pelos emedebistas para compor como seu vice no pleito estadual deste ano. O grupo político ligado ao governador trabalhou de forma afincada para que o MDB indicasse o deputado federal Carlos Chiodini para ser seu companheiro de chapa. Fiel escudeiro de Lunelli, o parlamentar abriu mão desta pretensão e não quis levar o assunto adiante.

O fato é que Carlos Moisés sabe que em um eventual segundo mandato seu, em sendo Antídio Lunelli seu vice, as coisas não serão tão fáceis de ser administradas como na atual gestão. Lunelli tem o firme propósito de ser candidato ao Governo do Estado em 2026 e, para isto, precisará ressaltar seu nome, mobilizando principalmente o MDB que, hoje, anda na sombra do governador. Há o sério risco de que Carlos Moisés deixe de ser protagonista, e acabe se transformando em um coadjuvante em uma segunda gestão, o que é tudo o que ele não quer.

A substituição de Antídio Lunelli por Carlos Chiodini, no entanto, não será viabilizada por vontade deste ou daquele, o que inclui o próprio governador. Somente se o próprio Lunelli abrir mão desta pretensão é que a vaga ficará a disposição para outro emedebista. O que o governador parece não tem compreendido ainda é que Antídio Lunelli representa um grande grupo de empresários de Santa Catarina, que estão apostando em seu nome para governar o Estado. Um projeto muito parecido com o que foi montado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB). Carlos Chiodini é um peão neste tabuleiro, cujo rei é Antídio.

Chiodini é do grupo de Antídio, mas não é Antídio, que é quem, de fato, detém poder junto ao grande empresariado catarinense.

Não à toa o MDB se esforçou para ter Antídio Lunelli como candidato a vice de Carlos Moisés. Se ele fosse isolado do processo poderia migrar seus esforços para uma outra candidatura, o que poria em risco o projeto de reeleição do governador. Carlos Moisés não entende desta forma. Acredita que Chiodini também traz o grupo, mas isto não aconteceria.

Dário sonha com desistência de Décio Lima e apoio dobradinha PSB/PT

Em uma matemática para lá de estranha, senador Dário Berger (PSB) diz acreditar que o pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Décio Lima, irá se retirar do processo eleitoral deste ano, em seu favor. Conforme Dário, o PT irá acabar entendendo que o melhor para o partido, e para o projeto nacional do ex-presidente Lula da Silva (PT), é apoiar uma candidatura do PSB ao governo catarinense, com os petistas indicando o candidato a vice, em um projeto que contaria com o PDT disputando o Senado pela aliança. As apostas de Dário para a composição da dobradinha majoritária recaem sobre a deputada estadual Luciane Carminatti (PT). Literalmente, Dário está acreditando que Décio Lima irá se retirar completamente do processo majoritário, apoiando seu nome ao governo, com Luciane concorrendo como sua vice. Tudo isto estaria alinhado com o projeto nacional do PT e do PSB, que disputarão à Presidência da República unidos, através de Lula e Geraldo Alckmin (PSB). Se costuma dizer que, em política, até vaca voa. Nesse caso, no entanto, seria necessário uma manada cruzando os céus.

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