O Sul do Estado poderá ter nada mais, nada menos, do que cinco deputados federais a partir de janeiro, todos radicados eleitoralmente em Criciúma.
O município elegeu em 2022 os atuais deputados Daniel Freitas (PL), Júlia Zanatta (PL) e Ricardo Guidi, que concorreu naquela eleição pelo PSD e hoje também está filiado ao PL.
Além deles, Geovânia de Sá (PSDB) e Luiz Fernando Vampiro (MDB) ficaram na primeira suplência.
Geovânia vai assumir automaticamente a Câmara Federal já a partir do dia 1º de janeiro, até 31 de janeiro de 2027, pois a deputada Carmem Zanotto (Cidadania), foi eleita prefeita de Lages nas eleições de outubro.
Carmem precisará renunciar seu atual mandato de deputada até dia 31 de dezembro, para assumir o cargo de prefeita no primeiro dia do próximo ano.
Esta movimentação já aumentará para quatro o número deputados federais no Sul do Estado.
Outra situação que poderá abrir a quinta vaga de deputado federal para nossa macrorregião diz respeito ao estreitamento das relações entre o MDB e o Governo do Estado.
Na semana passada o governador Jorginho Mello (PL) se reuniu com deputados do MDB, buscando o fortalecimento das relações de sua gestão com o partido.
Na ocasião já ficou acordado que o MDB, que atualmente ocupa a Secretaria de Estado da Infraestrutura, também comandará a Secretaria de Agricultura e Pecuária.
No embalo, foi aberta a possibilidade de que o MDB tenha uma terceira Secretaria, que seria ocupada pelo deputado federal Carlos Chiodini (MDB), que também é o presidente estadual do partido.
Confirmada a ida de Chiodini para o primeiro escalão do governo de Jorginho, sua vaga na Câmara Federal seria ocupada por Luiz Fernando Vampiro.
É muito provável que isto acabe de fato acontecendo, pois Carlos Chiodini postula uma vaga majoritária nas eleições de 2026, e, para isto, precisa ser conhecido como um líder político em nível estadual, algo que ele não vem conseguindo mesmo na presidência de seu partido.
Com uma Secretaria de Estado nas mãos, o trabalho de popularização de seu nome seria muito mais significativo.
Finais
A presença de cinco deputados, do Sul do Estado, na Câmara Federal, representaria um ganho significativo para nossa macrorregião.
Para se ter uma ideia, cada deputado federal tem a sua disposição R$ 37 milhões por ano em emendas impositivas, que são aqueles recursos em que o Governo Federal tem a obrigação de liberar os valores destinados pelos parlamentares, cujo destino final quase sempre são os municípios.
Ao longo dos próximos dois anos, cada deputado catarinense terá R$ 74 milhões em emendas, para destinar aos municípios catarinenses.
Os cinco deputados do Sul, teriam, em seu conjunto, R$ 370 milhões a sua disposição. Se apenas metade deste montante ficasse nos municípios do Sul do Estado, já seriam R$ 185 milhões em investimentos nas mais diversas áreas, entre Passo de Torres e Imbituba.
Afora isto, há ainda as emendas de bancada, como também recursos que podem ser postulados junto ao Orçamento da União. É dinheiro como nunca se viu antes em nossa macrorregião.
Vereador reeleito Adriano Coelho de Jesus, o Magrão, diz que não abre mão de disputar a presidência da Câmara Municipal de Sombrio, em eleição que acontecerá no dia 1º de janeiro.
De acordo com ele, o PL irá para a disputa com dois votos: o dele e o do vereador também reeleito Rafael dos Santos Silva, o Rafa Enfermeiro.
Conforme Magrão, a expectativa é que o MDB, que elegeu quatro vereadores, e o PSDB, que elegeu um, convirjam para sua candidatura, dando a oportunidade de o PL assumir o comando do legislativo sombriense, algo que não aconteceu na atual legislatura, apesar de ter sido feito um acordo neste sentido para o biênio 2023/2024.
PL, MDB e PSDB são partidos que elegeram vereadores de situação para o próximo mandato, que se estenderá até 2028.
Caso, especialmente o MDB, não convirja para seu projeto, Magrão não descarta a possibilidade de se aliar a vereadores da oposição para alcançar seu objetivo.