Governador Jorginho Mello (PL) incursionou por nossa região no último sábado, ocasião em que fez a entrega de duas obras rodoviárias e assinou um convênio, também no setor de obras. Sua agenda começou em Meleiro, onde fez a inauguração da revitalização do trecho da SC-108 que liga o município até Turvo. No trecho, que tem extensão de 12 quilômetros, foram investidos R$ 20 milhões por parte do Governo do Estado.
Às 14h o governador veio a Sombrio para inaugurar a pavimentação asfáltica da rodovia municipal Guilherme Tiscoski, que liga o bairro Parque das Avenidas até o distrito de Nova Guarita, uma obra com 3,5 quilômetros de extensão que suscitou um investimento de R$ 4,5 milhões por parte do governo estadual. À noite, a partir das 20h, Jorginho Mello participou da abertura das festividades natalinas em Araranguá, ocasião em que assinou um convênio com a Prefeitura Municipal, no valor de R$ 24 milhões, para a construção de uma ponte sobre o rio Araranguá, no distrito de Hercílio Luz, com extensão de 250 metros e onze metros de largura.
Mesmo cercado de deputados, prefeitos e pré-candidatos às eleições do ano que vem, o governador evitou falar de política com a imprensa. Sempre que interpelado, tangenciava, ressaltando que as coligações com vista às eleições do ano que vem só serão firmadas em agosto de 2026. De forma bastante clara, Jorginho Mello buscou transformar seu roteiro em um ato meramente administrativo, evitando e fugindo de especulações ligadas a questões eleitorais.
Independentemente do desejo do governador, o que se observou nitidamente é que o MDB de nossa região está fechado com ele, o União Brasil não está, e o Progressistas parece esperar o desenrolar dos próximos capítulos, ligados ao preenchimento das vagas de candidatos ao Senado, para se posicionar a respeito de uma possível coligação.
Finais
Hoje faz uma semana que a empresa contratada pela Diocese de Criciúma derrubou o histórico portal do Estádio Cairú, na rua Caetano Lummertz, em Sombrio, e até agora nem sinal de que o monumento será reconstruído, em que pese a intimação da Prefeitura Municipal de Sombrio neste sentido. O monumento, que tinha quase 80 anos, foi desenhado pelo padre João Reitz, responsável, dentre outros empreendimentos, pela construção da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua, pela construção do Hospital Dom Joaquim, pela conquista dos recursos para a construção da Escola Básica Catulo da Paixão Cearense e pela vinda do Instituto Educacional Madre Elisa Savoldi, obras estas que se confundem com a própria alma da cidade.
A paga que a própria Igreja destina a memória de padre João, no entanto, não é das mais alentadoras. Em 2011, o imóvel que havia servido de Casa Canônica e até mesmo de habitação para as irmãs Sacramentinas de Bergamo, quando estas chegaram a Sombrio na década de 1950, foi demolida, sob o argumento que estava com sua estrutura comprometida. Tratava-se de um prédio histórico, que atualmente estaria completando quase um século. Por óbvio que estas demolições, e tantas outras do gênero, que deverão se seguir, só são passíveis de acontecer por conta da falta de uma lei municipal que proteja o patrimônio histórico de Sombrio. Se a lei existisse, nada disto aconteceria. Por conta disto, muito provavelmente a antiga Casa Paroquial será a próxima a ser demolida.
